27/05/2008

Nado Interior

No espelho do poema

eu me reflito

metáfora de mim:

anjo & demônio


Diante do poema

eu me desnudo:

retrato em preto & branco

do que sou


No ventre do poema

eu me traduzo

diluído em palavra:

imagem & som


No escuro do poema

eu me procuro

e encontro sempre alguém

que jamais fui


Nos braços do poema

eu desfaleço

e acordo renovado:

seiva & flor.

2 comentários:

  1. Grande, Juraci.

    É Sempre um deleite ler teus rebuscdaos escritos.

    Parabéns, Companheiro.

    Abçs.
    Benny Franklin

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  2. Obrigado Benny. Em verdade, pouco ou nada seríamos sem as palavras de apoio e incentivo. Somos um pouco de todos. Ou como disse Izo Goldman nesta trova:
    "Para mantê-los me empenho
    porque penso sempre assim:
    tendo os amigos que trenho,
    eu nem preciso de mim!..."

    Abraços.
    Antonio Juraci Siqueira

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