Se quiseres palmilhar o meu caminho
abandona tuas asas e teu ninho
que impedem teu livre caminhar.
Se quiseres pernoitar na minha tenda
retira, antes de entrar, a venda
que não te deixa ver a estrela-guia.
Se quiseres repousar na minha cama
remove do teu corpo a lama
comprada no igapó das ilusões.
Se quiseres meu amor, rasga teu peito
e arranca dele o preconceito
que não te deixa ver-me como sou.
E se afinal quiseres decifrar meu canto,
destrói na sarça ardente o cetro e o manto
e só então verás a essência do meu ser.
Travesseiro de Pedras - poesia
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