05/07/2009

Uma Cabana Para o Escritor Paraense


“Quem casa, quer casa”, diz o rifão popular. Por isso, casado há mais de três décadas com a literatura, sempre busquei, ao lado de outros sem-tetos das nossas letras, um cantinho só nosso onde pudéssemos compartilhar sonhos e ânsias, trocar ideias e poemas, nos mostrar em trajes menores, de corpo inteiro. E nessa caminhada outros casais foram chegando e formando famílias: Associação Paraense de Escritores, União Brasileira de trovadores, Clube dos Poetas Paraenses, Malta de Poetas folhas & Ervas, Movimento Literário Extremo Norte e tantas outras, sempre morando de favor em casas cedidas por sonhadores de boa vontade. Quanta procura e quanta promessa! Em meados do ano de 2007, enfim, surge uma luz no fim do túnel, ou melhor, no início do túnel de mangueiras da Avenida Nazaré: o coreto da Casa da Linguagem, denominado Espaço “Max Martins”, quando dois moradores da “Cova dos Poetas”, Alberto Abadessa e Ney Cohen tiveram a ideia de transformá-lo num espaço de referência do autor paraense e sua obra. Com esse pensamento procuraram a Secretaria de Educação e me convidaram a embarcar nesse sonho. Com o sinal verde da Seduc foi realizada, no dia 19 de junho de 2007, com a presença de outros escritores, a primeira reunião com a Fundação Curro Velho / Casa da Linguagem para se discutir o assunto. A partir daí a ideia evoluiu para a forma de projeto no qual a Secretaria vislumbrou um valioso instrumento de auxílio à educação por facilitar a aproximação da comunidade escolar com os nossos autores, com a nossa literatura. Assim, através de um convênio entre a Seduc e a Fundação Curro Velho, foram implementadas obras de reforma e adequação do espaço à nova função, agora equipado com estantes para exposição e comercialização de livros, computadores para consultas on line, cadastros impressos e virtuais com site próprio e pessoas qualificadas para atender os autores e a comunidade em geral.

Dois anos e um dia após a primeira reunião, recebemos, o nosso espaço, a nossa “Cabana” preconizada no poema de Max Martins. Um espaço pequeno mas aconchegante como um ninho, como um colo materno.

O Espaço do Escritor Paraense “Max Martins”, foi entregue ao público no dia 20 de junho próximo passado, data de aniversário de nascimento de Max Martins, o poeta homenageado. É um espaço de todos e para todos mas para que tenha vida longa e luminosa, é necessário que cada um de nós dê sua parcela de contribuição.

Portanto, meu caro escritor, não é necessário dizer ao povo que esta casa é tua, mas “é preciso dizer-lhe que tua casa é segura / que há força interior nas vigas do telhado / e que atravessarás o pântano penetrante e etéreo / e que tens uma esteira / E que tua casa não é lugar de ficar / mas de ter de onde se ir.”

(Poema “A Cabana” de Max Martins)

7 comentários:

  1. Obrigado pela visita, Ademar. Neste espaço, como no Espaço do Escritor Paraense "Max Martins", a entrada é franca. Ou como diz a trova de orlando Brito,à entrada do Espaço:

    Entrai, a casa é modesta
    mas neste fraterno abrigo
    toda presença é uma festa
    quando é presença de amigo.

    Um abraço.

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  2. Olá Juraci.
    (...)Como toda presença é uma festa(...)
    Estou fazendo uma com o lançamento do meu livro Suspiros Poéticas nesse espaço no dia 06/10/09. Conto com tua presença e de todos os poetas e amantes da poesia.
    Até lá!
    Angela Pastana...poeta paraense

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  3. Irmão...
    É sempre bom te encontrar.
    De combina ou de supetão
    é sempre bom te encontrar...
    Quero chegar aí de surpresa
    ou aguardado feito a chuva da tarde.

    Mas vou estar aí
    bem aí
    junto a vocês.
    Por favor
    me espere na soleira.

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  4. ei...começei a escrever agora depois dos quarenta......como faz pra publicar um livro?quero lançar o meu uma ediçao pra eu colocar na minha gaveta.rsrsrsrsrs
    (www.ofalsoprofeta.blogspot.com)

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  5. ana carolina15/06/2012, 08:40

    achei muito legal

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  6. gostei muito de seus versos de dia dos namorados

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  7. Bom... Tenho meus 16 anos de idade e desde pequeno que gosto de escrever. Atualmente descobri em mim, uma rosa sabe? que adoraria florescer. Adoro poetar... tenha muitos poemas engavetados aqui e gostaria que alguém os lesse e me desse criticas... meu sonho é lançar um livro. Pode me ajudar?

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